Satélites vão ajudar a identificar construções irregulares

Um prédio de seis andares, com 46 apartamentos de 80 metros quadrados, e avaliado em R$ 14 milhões foi demolido pela Prefeitura do Rio na Muzema, Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira. A construção fica no condomínio Figueiras do Itanhangá, a menos de 100 metros do local onde dois prédios desabaram em 2019, deixando 24 pessoas mortas, numa região dominada por milicianos. Ações como essa já resultaram em 1.313 demolições realizadas desde janeiro do ano passado, quando foi formalizado a parceria entre o município de o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que pretendem recorrer ao uso de imagens de satélite no combate às ocupações irregulares do solo e ao crime organizado na cidade.

De acordo com o primeiro balanço divulgado nesta terça-feira pela Prefeitura e o Ministério Público, a ações conjuntas resultaram num prejuízo financeiro de R$ 646 milhões para as organizações criminosas responsáveis por essas construções. Geograficamente 70% das operações foram na Zona Oeste da Cidade, sendo a maioria na chamada Baixada de Jacarepaguá, em locais como a Muzema, Rio das Pedras, Terreirão e Comunidade Beira Rio (no Recreio), além de Paciência, Cosmos, Campo Grande, Sepetiba e Guaratiba.

Os próximos passos, segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Breno Carnevale, preveem a utilização de imagens de satélite para ajudar a localizar construções erguidas irregularmente na cidade. Segundo o secretário, inicialmente será feita a identificação desses imóveis via satélite e, posteriormente, o cruzamento de dados de licenciamento imobiliário, fiscalização, denúncias feitas à prefeitura e informações dos setores de inteligência.

Autor: higor torrez

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